A comunidade foi fundada em 1977, com 15 famílias, em 1982 eram 45. Passam perto o Córrego do Angelim e do Córrego do Macaco. A capela era de esteios, com dimensões 05x07m. não outras construções. As famílias viviam da agricultura e de emprego.
Foi começado o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), em 1972, pelo sr. Roberto dos Santos. Na mesma época foi dirigido um culto da Palavra pelo sr. Braulino José da Rocha.
Foi falado que era bom criar uma escola para as crianças. E depois foi feito o levantamento por dona Marlene Bonfim. Foi levado em São Mateus ao Pe. João Zanchetta que se interessou, mas não foi possível naquele ano por causa do tempo vencido.
São Geraldo nesta época não tinha condições, porque só tinha uma ou duas barraquinhas. Já tinha estrada, passava um ônibus de Pinheiro a São Mateus. No ano seguinte, com mais famílias que chegaram ao local, com o interesse e a boa vontade do povo, compraram um lote para construir a igreja. Nisso, Antônio, dirigente de Itauninhas, mandou um animador dirigir a Palavra de Deus. então chamaram a comunidade de Nova Lima para participar. Foi dirigido um culto numa barraquinha.
Neste mesmo dia foi falado em criar o MOBRAL. Logo após ele começou a funcionar neste local pelo professor Roberto dos Santos. Nesta mesma época foi convidado o Pe. Luciano Marini, pelo sr. Braulino José da Rocha, para vir ajudar em diversos assuntos na comunidade de Nova Lima. Um dos assuntos foi a construção da igreja de São Geraldo. Pe. Luciano não podendo vir, por motivo justo, enviou o Pe. Noé Tamai, uma sra. da pastoral e o sr. Antônio Costa Leal no dia 20 de junho de 1973. Chegando até a São Geraldo não encontraram a reunião, mas encontraram o sr. Nestor de Jesus Rocha, interessado, do mesmo local. Ele mostrou o terreno que eles tinham contratado por CR$ 90,00 (Noventa Cruzeiros). Faltava um pouco para pagar. A opinião do Pe. Noé e dos companheiros foi a criação de um Círculo com preparações, catecismo, palestras, batismo, MOBRAL, escola e outras organizações, e que futuramente criaria uma pequena comunidade. E assim foi combinado.
Começaram as aulas do MOBRAL. Arranjaram com José Santos de Oliveira um ranchinho coberto de capim, compraram umas tábuas, colocaram umas que serviam de bancos, outras para servir de mesa. Fizeram um quadro negro de pedaços de tábuas e uma mesinha emprestada. Com o povo unido e alegres dirigiram o culto. Quando tinha o material davam o catecismo. Cantavam.
Os animadores eram Dernival Lima e dona Maria, esposa de Dionísio Furtado, ele era de Nova Lima e ela de Itauninhas. Braulino pediu ao Pe. Gino para dar uma chegada até São Geraldo. Um dia, na hora marcada, ele passou com a Ir. Emerenciana e outra irmã. Já estava bastante gente reunida. Eles entraram no ranchinho e sentaram nos tais bancos. Bateram um papo. Depois o Pe. Gino disse: “Não pode criar uma comunidade aqui porque os padres estão ficando muito poucos para visitar as comunidades. As comunidades de Itauninhas e Nova Lima não são tão longe”.
O povo ficou triste quando o padre disse isto. Então Braulino perguntou ao padre: “E o lote que compramos e algumas coisas que já tem para construir a igreja?”
O Pe. Gino respondeu: “Já começaram. Continuem”. Aí continuaram enfrentando os problemas de construção e a vida de comunidade.
Com pouco tempo, Dionísio Furtado e dona Maria mudaram-se para Rondônia. Fizeram muita falta. Ele era vice-presidente; ela animadora e catequista de boa vontade. A seguir, Dernival adoeceu e ficou internado por meses.
Braulino era presidente e animador da comunidade de Nova Lima desde 1970. Ele, saindo da presidência de lá, passou a ser animador de São Geraldo.
Aí continuaram as preparações. Mas, para os sacramentos iam à comunidade de Itauninhas no dia da visita. Depois começaram esta preparação na própria comunidade.
Em 1982 a comunidade escreveu, a pedido da diocese:
“Problemas e dificuldades existem alguns, mas não podemos desanimar. Vamos em frente, refletindo a Palavra de Deus e amando a todos os irmãos, dividindo os bens, etc. a comunidade de São Geraldo está organizada e continuamos cada vez mais no amor de Cristo.
O começo da organização: Palavra de Deus, criando diretorias e pessoas responsáveis por elas. Prestamos serviços comunitários, como campanha de Registro Civil pela LBA (Legião Brasileira de Assistência), com registros feitos no distrito de Barra Nova. A campanha é feita por Antônio do cartório e por Braulino, para ajudar ao povo. O cartório vindo aqui para fazer os registros e depois casamento. Depois teve vacinação para todo o povo. Quase todas as pessoas têm carteira de sindicato de trabalhadores rurais.
Quando as pessoas fracas adoecem, temos tirado dinheiro do caixa da comunidade para fazer o sindicato para tratar das mesmas.
O Círculo Familiar funciona desde o início da organização da comunidade. Tem saído famílias, mas tem chegado outras, animadas e de boa vontade, com isso, a comunidade tem crescido”.
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